Se o consumo de água da sua casa é superior a 50m3 por mês, pode estar havendo desperdício. Como dissemos no penúltimo boletim, este volume equivale ao de uma família de 11 pessoas consumindo durante 30 dias seguidos.
Por ser um Condomínio essencialmente de fim de semana, o alto consumo de algumas famílias só pode ser explicado pelos grandes vilões do desperdício: vazamento na tubulação, tratamento de piscina com esvaziamento, varrição com água e, principalmente, a irrigação semiautomática.
A irrigação semiautomática tornou-se a maior fonte de desperdício porque é utilizada inadequadamente por muitos jardineiros que cuidam dos jardins de várias casas. É comum eles deixarem os aspersores de uma casa jorrando água por horas a fio, no mesmo lugar, enquanto cuida de outros jardins. Um absurdo que deve ser combatido.
Esta é uma prática que os jardineiros, obviamente, não confirmam aos seus patrões quando estes questionam a elevação do consumo. Preferem atribuir o alto consumo a outros fatores, raramente confirmados, como, ar na tubulação ou erro de leitura do hidrômetro.
O consumo abusivo gera uma distorção que põe em xeque a capacidade de pleno atendimento do sistema de captação e tratamento: 24% das casas consomem 61% da água tratada, enquanto as outras 76% consomem apenas 39%.
Para corrigir esta distorção e reduzir o consumo abusivo, a Administração vai adotar medidas restritivas, a partir de setembro, como, pesar a taxação sobre os que consomem acima de 50m3 por mês e proibir a irrigação de jardins às sextas e sábados.
Estas medidas são justas porque a primeira não penaliza a grande maioria que economiza água, apenas os 24% mais gastadores, e a segunda não prejudica em nada os jardins, que poderão ser irrigados nos demais dias da semana.
Se não adotarmos estas medidas restritivas, seremos obrigados a antecipara construção de uma nova ETA para aumentar a oferta de água tratada. Um investimento pesado, que vai pesar no bolso de todos os condôminos, sem distinção de consumo.
Vale lembrar que a vazão máxima de captação de água do Mingú autorizada pelo IGAM é de 59 mil m3/mês e já aconteceu de a captação alcançar 64% deste volume. Isto reforça a necessidade de reduzir o consumo abusivo, já que, se por lado estamos limitados pelo volume máximo de captação, por outro, o Condomínio cresce em número de famílias residentes e de frequentadores de final de semana.
Faça a sua parte, oriente seu jardineiro, combata o desperdício.